Perguntas frequentes
Sim. Segundo as últimas recomendações, indivíduos saudáveis de todas as idades devem realizar pelo menos 150 minutos de exercício físico aeróbico por semana distribuídos em 5 dias ou 75 minutos de exercício físico aeróbico vigoroso (alta intensidade) podendo-se chegar idealmente em 150 min/semana de exercício físico vigoroso a 300min/semana de exercício físico moderado.
Esse processo de retomada da atividade física ou mesmo o início da mesma pelos indivíduos sedentários é chamado de Reabilitação Cardiovascular e deve ser iniciado idealmente ainda no hospital logo após o tratamento inicial (com estabilização clínica e circulatória) seja clínico ou invasivo com revascularização miocárdica cirúrgica ou percutânea (colocação de stent por cateterismo cardíaco) e se possível ainda na primeira semana se as condições clínicas do paciente permitirem e continuado no mínimo por 8-12 semanas no ambiente extra-hospitalar e supervisionado por profissional capacitado na área. Os benefícios do início precoce da reabilitação são: redução de mortalidade e re-internação, aumento de capacidade física e redução de isquemia miocárdica além de acelerar o processo de
recuperação do coração após o infarto. Inicialmente a intensidade do exercício é baixa à moderada principalmente nas primeiras 4 semanas com aumento progressivo conforme tolerância após esse período. Atletas profissionais e amadores tem recomendação de realizar teste de esforço ou teste cardiopulmonar e ecocardiograma antes do retorno ao esporte competitivo.
O teste de esforço após o infarto é seguro. Testes submáximos (aqueles que não chegam à exaustão física) podem ser realizados após 4-7 dias no evento e testes máximos (sintoma-limitados ou que alcançam exaustão física) idealmente devem ser adiados por 3-6 semanas podendo-se em alguns casos serem realizados após 2-3 semanas do infarto.
O conceito de hipertensão arterial é algo arbitrário e segundo a Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial classificamos a PA em elevada (Hipertensão Arterial) ≥ 140/90 mmHg, pré-hipertensão (130- 139/85-89 mmHg), normal (120-129/80-84 mmHg), PA ótima no consultório (< 120/80 mmHg). Os pacientes pré-hipertensos devem ser monitorados de perto com medidas de pressão mais frequentes e pelo menos anuais já que tem maior risco cardiovascular (Infarto e AVC) e maiores taxas de progressão para hipertensão arterial.
O termo “colesterol alto” é um jeito informal de dizer que o indivíduo apresenta uma alteração nos níveis de colesterol e gordura no sangue. Entretanto o termo mais adequado para esse problema é dislipidemia, que conceitualmente significa alterações metabólicas no metabolismo dos lípides (lipídios) que repercutem nos níveis séricos de lipoproteínas. Lípides são moléculas orgânicas
presentes em nosso organismo dentre eles os mais relevantes são os fosfolípides, o colesterol, os Triglicérides (“gordura no sangue”) e os ácidos graxos. Estes são transportados e dissolvidos no sangue pelas lipoproteínas sendo as mais importantes o LDL (conhecido popularmente como “colesterol ruim” por ser rico em colesterol além de ser o seu principal transportador e promover acúmulo dele no
organismo facilitando a formação de placas de colesterol nos vasos sanguíneos arteriais) e o HDL (também conhecido como “colesterol bom” por promover a remoção do excesso de colesterol do sangue para os tecidos e fígado reduzindo assim a formação de placas de colesterol e protegendo nossos vasos sanguíneos).
As dislipidemias são classificadas da seguinte forma:
• Hipercolesterolemia isolada: aumento isolado do LDL-c (LDL-c ≥ 160 mg/dL).
• Hipertrigliceridemia isolada: aumento isolado dos triglicérides (TG ≥ 150 mg/dL ou ≥ 175 mg/dL, se a amostra for obtida sem jejum).
• Hiperlipidemia mista: aumento do LDL-c (LDL-c ≥ 160 mg/dL) e dos TG (TG ≥ 150 mg/dL ou ≥ 175 mg/dL, se a amostra for obtida sem jejum).
• HDL-c baixo: redução do HDL-c (homens < 40 mg/dL e mulheres < 50 mg/dL) isolada ou em associação ao aumento de LDL-c ou de TG.
Os valores referenciais e os alvos terapêuticos são determinados de acordo com o risco cardiovascular do paciente e com o estado alimentar. Portanto é fundamental que você procure o seu médico para realizar esse diagnóstico e uma avaliação individualizada.